A reforma íntima deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso da melhora interior e, consequentemente, da felicidade exterior. Trata-se do esforço que o ser humano faz para melhorar-se moralmente.
O processo de reforma íntima é, por certo, demorado e delicado. Necessita de determinação e interesse permanentes daquele que o abraça, para que possa alcançar bons frutos. O saldo positivo exige exercício constante de paciência, tolerância, desprendimento, perdão, compreensão e amor nas relações humanas.
Sua base de apoio fundamental são os ensinamentos de Jesus, que representam um roteiro luminoso rumo à conquista de um grau mais elevado na cadeia universal evolutiva. As múltiplas reencarnações, ao longo de milênios, são palco das aguerridas batalhas travadas consigo mesmo, em busca do incremento do lado cristão que todos possuem.
Aproveitar estágio por estágio, reencarnação por reencarnação, passo por passo, é a fórmula indicada para galgar os níveis que conduzem à plenitude. É necessário estudar a reforma íntima, levando o encarnado a compreender-se melhor e também ao semelhante, avaliar suas ações e reações, tocar profundamente seus sentimentos, enxergar suas deficiências, propor soluções, refletir sobre essa busca cristã, debater dilemas, resolver problemas, solucionar dúvidas, levantar questões e atingir um ponto a mais no seu esclarecimento humano.
É preciso estar ciente de que as dificuldades são muitas para a prática da reforma íntima, tais como: ausência de autocrítica, falta de verdadeira sinceridade, bagagens emocionais de vidas anteriores ligadas à maior ou menor resistência ao processo, e falta de fé, entre outras. Abraçar, pois, essa proposta de modificação no comportamento deve ser a meta do espírita.
E como afirma o Codificador, no item 4 do Capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.”
(Livro: Fundamentos da Reforma Íntima, de Abel Glaser pelo Espírito Cairbar Schutel, Ed. Clarim, 2001.)
